Comitê de Acompanhamento convida empresários e colaboradores a participarem de Audiência Pública sobre o cronograma das obras de mobilidade
Secretaria Municipal de Obras, RP Mobi e as construtoras DGB (corredores do centro) e Metropolitana (9 de Julho e galerias pluviais), foram oficialmente convidados a participar do evento que será realizado nesta segunda-feira, 9 de outubro de 2023, às 18h30, no plenário da Câmara Municipal de Ribeirão Preto (SP)
O Comitê de Acompanhamento das obras de mobilidade em Ribeirão Preto, de implantação de galerias pluviais no centro da cidade e de revitalização/restauro da Av. 9 de Julho, convida empreendedores e colaboradores, em especial das regiões impactadas pelas obras de mobilidade urbana, para que compareçam à Audiência Pública que será realizada nesta segunda-feira, 9 de outubro, às 18h30, no plenário da Câmara Municipal de Ribeirão Preto (SP). A pauta central será o cronograma das obras que, apenas na Av. 9 de Julho, apresenta um atraso de 45 dias confirmado pelo poder público.
“É muito importante que esses empreendedores do Comércio Varejista, seus colaboradores e até moradores das regiões impactadas, participem da Audiência Pública. A situação é preocupante! Algumas empresas já fecharam as portas e demissões já acontecem devido à brusca queda de movimento de clientes e de faturamento. A maioria, por ser de micro e pequenas empresas, mal tem fôlego para aguentar o prazo oficial estipulado para término das obras (19 de junho de 2024), quanto mais para suportar o prolongamento das intervenções”, afirma Paulo César Garcia Lopes, presidente do SINCOVARP (Sindicato do Comércio Varejista) e da CDL RP (Câmara de Dirigentes Lojistas), entidades que encabeçam o Comitê junto com o SINCOMERCIÁRIOS (Sindicato dos Empregados do Comércio).
Ainda segundo Lopes, a insegurança fica ainda maior quando são lembrados os graves problemas ocorridos nas etapas anteriores das obras de mobilidade, como no túnel da Av. Independência, por exemplo, “a obra do túnel atrasou mais de um ano e meio gerando grandes prejuízos para os empreendedores do entorno e prejudicando muito o movimento da Av. 9 de Julho, que já começava a sofrer. Um posto de combustíveis demitiu mais de 15 funcionários e fechou as portas. Infelizmente, o histórico de atrasos justifica a enorme preocupação dos empresários com o cenário atual”, alerta Lopes.
Uma breve linha do tempo
• De 2012 a 2017: nesse período as obras de revitalização do Calçadão do Centro de Ribeirão Preto tiveram sucessivos atrasos e demoraram 5 anos para ficarem prontas;
• 2017: criação do Programa Ribeirão Mobilidade;
• Março de 2021 a junho de 2022: A pandemia de Covid 19 impôs severas restrições ao funcionamento das empresas de Comércio e Serviços, com reflexos devastadores e provocando milhares de demissões, endividamento em massa e fechamento de centenas de micro e pequenas empresas;
• Abril de 2021: Paralização de 3 importantes obras do Programa Ribeirão Mobilidade (Corredores de ônibus da Avenida Saudade e da Avenida Dom Pedro I; Túnel que interliga as avenidas Independência e Presidente Vargas; e os Viadutos da Avenida Brasil/Mogiana e Brasil/Thomaz Alberto Whately;
• Primeiro semestre de 2022: Após novas licitações, ocorre a retomada das obras de mobilidade que estavam paralisadas;
• Maio de 2023: Início das obras de mobilidade no centro, de mobilidade e revitalização da Av. 9 de Julho e de implantação de galerias fluviais nas ruas São José e Marcondes Salgado, no centro. Todas ao mesmo tempo;
• 7 de setembro de 2023: inauguração do túnel da Av. Independência (com um ano e meio de atraso);
• 22 de setembro de 2023: data final prevista no cronograma divulgado para a entrega do trecho 1 das obras de mobilidade e revitalização da Av. 9 de Julho. O prazo não é cumprido e a Prefeitura anuncia uma prorrogação de 45 dias para o término dessa etapa.
Contando de 2012 (quando teve início a obra do Calçadão do Centro), até 2023, são praticamente 11 anos. Nesse período, em apenas 3 (três) anos (2018, 2019 e 2020), o Comércio Varejista de Ribeirão Preto funcionou com plena normalidade. Nos demais anos, sempre houve alguma interferência que prejudicasse o andamento do Varejo, ora em algumas regiões específicas, ora na cidade toda. Vale lembrar que o Comércio (composto em sua imensa maioria pequenos negócios) é a segunda atividade mais importante da economia ribeirão-pretana, atrás do apenas do setor de Serviços.
O pedido para a realização dessa Audiência Pública foi feito pelo Comitê de Acompanhamento diretamente à Comissão Permanente de Mobilidade Urbana, da Câmara Municipal, após visitas aos canteiros de obras nos dias 30/8 (Av. 9 de Julho), 20/9 (Avenida Francisco Junqueira entre as ruas São José e Marcondes Salgado) e, novamente, na Av. 9 de Julho, no dia 26/9 (data que havia sido prometida pela construtora responsável para o término do trecho 1).
Passando de 40 integrantes (e crescendo), o Comitê de Acompanhamento reúne as forças de entidades de classe/empresariais, empreendedores e colaboradores de segmentos econômicos e de regiões da cidade impactados pelas obras:
SINCOVARP (Sindicato do Comércio Varejista), CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas), Sincomerciários RP (Sindicato dos Empregados do Comércio), SHRBS (Sindicato de Hotéis, Bares Restaurantes e Similares), Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes/regional Ribeirão Preto), Aescon/Casa do Contabilista (Associação das Empresas de Serviços Contábeis), Aeaarp (Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia), Sindicato do Comércio Varejistas dos Feirantes e Ambulantes, Sindtur (Sindicato Empresarial de Serviços), Associação de Lojistas do Mercado Municipal (Mercadão), Núcleo Postos Ribeirão Preto, Observatório Social de Ribeirão Preto, Sesc SP (regional Ribeirão Preto), Sebrae SP (regional Ribeirão Preto), Asbrafe (Associação Brasileira do Comércio de Artigos para Festas), Cintec (Câmara Intersindical de Conciliação Trabalhista), CACS (Comitê de Assuntos Contáveis), Campanha “Vem pra Nove, a Nove está Viva!”, representante da Comissão Permanente de Mobilidade Urbana (Câmara Municipal de Ribeirão Preto), e empresas estabelecidas e colaboradores das regiões impactadas pelas obras.